quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

In girum imus nocte et consumimur igni

Maine, por Brian Arnold

Sim, andamos às voltas na noite e consumidos pelo fogo. E no entanto os olhos mostram só o deserto do mar. Como poderei persuadir-te de que é por isso que a revolução é tão difícil? Seria preciso que soubesses das mãos crispadas da pedra, do vulto tranquilo de um homem: mas cada mundo tem as suas próprias evidências.

Nota: In girum imus nocte et consumimur igni é o título de um filme de Guy Debord (1978)

1 comentário:

HornedWolf disse...

É quase pecado comentar este post. Toda a minha vida desconfiei da sabedoria dos homens, e deve-se muito a isso a atracção que lhe tenho.

Às vezes é quase tão natural escutar esta voz que fazes quanto o restolhar de folhas.

Mas cada mundo tem as suas próprias evidências.